Os propósitos do Santuário

O Santuário Terrestre foi construído para que Deus pudesse estar entre seu povo e para ensinar o plano da salvação por meio de símbolos (Êx 25:8, Hb 8:5). No Monte Sinai, Deus mostrou à Moisés como os Judeus deveriam construir o santuário.

Edificado nos mesmos moldes do Santuário Celestial, esse local de adoração e purificação ficava exatamente no meio de 12 acampamentos representados por Efraim, Dã, Judá e Rubén (Êx 25:40, Sl 29:2, Sl 63:2).

A organização das 12 tribos

Para facilitar a viagem pelo deserto e organizar o povo acampado, todas as tribos deveriam ser identificadas por suas bandeiras (Nm 2).

As 12 tribos eram divididas em quatro grupos de acampamentos, em torno do Santuário. Cada grupo era composto por 3 tribos ou famílias, cada um com seu representante.

A tribo de Levi

A tribo de Levi, subdividida entre Meratitas, Gersonitas e Coatitas tinha como responsabilidade ajudar os sacerdotes a cuidar da manutenção do santuário.

Em frente ao santuário ficavam as tendas de Moisés e Arão. Moisés era o líder do povo, enquanto Arão orientava todo o serviço sacerdotal.

O pátio

No pátio que cercava o tabernáculo, havia um altar e uma pia. No altar de madeira e revestimento de bronze eram realizados diariamente sacrifícios de animais. Era por meio dos sacrifícios que se transferia o pecado, do pecador para o Santuário, via sacerdote. O sacrifício contínuo simbolizava ainda a salvação à disposição de todos, a cada instante.

Entre o Altar e a entrada do templo, havia uma pia de bronze com água para que os sacerdotes lavassem os pés e as mãos antes de realizarem o sacrifício, e entrarem no tabernáculo.

O tabernáculo

No interior do tabernáculo os sacerdotes entravam todos os dias para realizar seu ministério em favor do povo (Hb 9:6). O local era dividido por um véu. A primeira câmara foi chamada o Lugar Santo, e continha a Mesa, o Candelabro, e o Altar de Incenso. A segunda câmara foi chamada de Lugar Santíssimo, e abrigava a Arca da Aliança.

Pelo menos duas vezes por dia, o sacerdote entrava no Lugar Santo e espirrava o sangue dos sacrifícios no Altar de Incenso, perto da cortina. Os pecados individuais do povo eram assim transferidos simbolicamente para o Santuário.

O sacerdote só entrava no Lugar Santíssimo uma vez por ano, na cerimômia conhecida como o Dia da Expiação (Hebreus 9:6 Levítico 16:11-17). Neste dia, a cortina encharcada de sangue era substituída por uma nova, simbolizando a purificação dos pecados. Era um dia de profunda reflexão e de juízo e representava o dia em que Deus iria eliminar para sempre o pecado (Levítico 23:26-32).